domingo, 14 de dezembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Esculpi teu corpo num lugar sem nome
pintei-o de céu
e estrelas em forma de véu.
Dei-lhe nome de sol inventado de luz
na cor que seduz
a mais ínfima das minhas paixões.
Reguei-o de emoções
profundas e intensas
de verdades imensas
e embebi-me de ti.
Logo percorri
a eternidade a teu lado,
num universo mudado
pela vontade das almas,
que nas tardes brandas e calmas
vagueiam caladas
e ficam paradas
num lugar sem nome
ante o corpo esculpido por mim.

Isabel Fagundes
16/06/07
Banham-se corpos na luz do luar
pertinho do mar.
Envolvem-se no mundo
de querer mais profundo
deixando serenos
os corpos amenos
que se movimentam de prazer.
É na noite morna
que a paixão torna
vagueia louca pela enxurrada de beijos
e inquietantes desejos
que se alastram pela areia.
Na maré cheia
sob a luz do luar,
e pertinho do mar
banham-se os corpos.

Isabel Fagundes
01/06/07

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Não digas nada!
Senta-te e aguarda
pelas palavras que esmorecem seu brilho
pelas existências que perdem seu trilho,
na amálgama de sombras e pavores.
Não digas nada e desprende-te dos amores
que noctívagos deambulam
germinam e pululam
em corações mendigos,
enredados em perigos
de se perderem na vaidade.
Não digas nada e senta-te na margem
Finge ser miragem
a recordação da ventura prometida
que esquecida
emudeceu eternamente.

Isabel Fagundes
21/06/07
Dá-me uma flor!
Pode ser uma rosa
em verso ou em prosa
com rubor de alegria
mesmo sem poesia,
mas dá-me uma flor.
Colhe-a no jardim da verdade
no campo ou na cidade
mas que seja para mim.
Quero-a banhada de orvalho
sem máculas nem feridas
assim como as almas despidas,
num mar de cor
onde o perfume é amor.
Não me dês mais nada
mas dá-me uma flor!

Isabel Fagundes
19/05/07